Fatores de risco na doença de Alzheimer

Até o momento, não existe cura ou tratamento que impeça a progressão da doença de Alzheimer, entretanto há diversos fatores de risco associados à demência. Muitos deles, como idade e genética, não podem ser controlados ou modificados, mas existem fatores que aumentam o risco de uma pessoa desenvolver esta doença neurodegenerativa e que podem ser alterados com mudanças no estilo de vida ou com outros tratamentos específicos.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o termo ‘fator de risco’ é uma característica, um atributo ou uma exposição a algo que aumenta a probabilidade de um indivíduo desenvolver uma doença.
É importante entender, primeiro, o que caracteriza um fator de risco dentro da Medicina. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o termo ‘fator de risco’ é uma característica, um atributo ou uma exposição a algo que aumenta a probabilidade de um indivíduo desenvolver uma doença. O tabagismo, por exemplo, é um fator de risco para câncer de pulmão. O risco aumenta para os fumantes. Para quem não fuma o risco é reduzido. Ou seja, evitar o fator de risco pode produzir uma proteção. Isto não significa que o não-fumante esteja 100% livre do risco de desenvolver câncer de pulmão. Ele está apenas no grupo de menor risco.
Na doença de Alzheimer e em outras demências, os fatores de risco conhecidos e que podem ser reduzidos são praticamente aqueles relacionados à vida saudável. Um corpo com saúde, principalmente saúde cardiovascular, apresenta menos risco. Pressão arterial alta, colesterol acima do recomendado e obesidade são fatores que merecem atenção. Eles podem levar a doenças, como acidente vascular cerebral e diabetes; condições associadas ao desenvolvimento de demências na terceira idade. Como afirmam os especialistas, o que faz bem ao coração também traz benefícios ao cérebro.
Como reduzir o risco de ter uma doença neurodegenerativa

Reduza a ingestão de álcool
O álcool pode comprometer a saúde do cérebro. Ele não está proibido, mas deve ser consumido com cuidado e moderação. A recomendação é não ultrapassar quatro taças de 250 ml de vinho ou sete latas de cerveja por semana. E, se atingir esta cota, ela deve ser dividida em pelo menos três dias.

Pratique atividade física
Qualquer quantidade é melhor do que nada. Mas, o ideal é planear-se para um mínimo de 150 minutos por semana, de exercícios moderados. Combinar um treino aeróbico, como caminhada ou natação, com exercícios de resistência, para aumentar a massa muscular, é a melhor alternativa.

Não fume
Pouco ou quase nada precisa ser dito a respeito dos malefícios do cigarro. Mas, vale alertar que além de aumentar o risco de tumor de pulmão e outros cânceres, o tabagismo compromete o sistema circulatório em todo o corpo. A probabilidade de um fumante desenvolver diabetes e acidente vascular cerebral – e na sequência, uma demência – aumenta.

Escolha uma alimentação saudável
A Dieta Mediterrânea, rica em ômega-3, e composta principalmente por grãos integrais, peixes, legumes e azeite de oliva está associada à melhor saúde do cérebro. Ela permite, inclusive, vinho tinto e carne vermelha com moderação. Além de os especialistas recomendarem a ingestão de legumes, frutas e verduras, eles são unânimes ao sugerir o controlo do sal, do açúcar e da gordura saturada.

Mantenha o cérebro ativo
É comum recomendarem aulas de um novo idioma ou jogos de memória e lógica. Mas, manter o cérebro ativo é mais amplo do que desafiar a mente com estudos e novos aprendizados. Uma vida social ativa na terceira idade, com amigos e familiares por perto, faz bem para o corpo e para a mente.
Fatores de risco sem redução
Ainda não se sabe a causa – ou as causas – que leva uma pessoa a desenvolver a doença de Alzheimer ou outras demências. Por que o cérebro de um indivíduo se deteriora e um parente ou alguém da mesma idade, com o mesmo estilo de vida, segue sem nenhum comprometimento?
Na busca por respostas, os cientistas já conseguiram definir uma série de fatores de risco associados a esses quadros, que afetam 50 milhões de pessoas no mundo. Muitos deles podem ser alterados e, consequentemente, reduzidos com mudanças no estilo de vida e cuidados com a saúde cardiovascular. Outros, porém, não são controláveis. Eles evoluem ou acontecem independentemente de hábitos ou comportamentos. A boa notícia é que nenhum fator de risco é totalmente determinante. Pesquisadores já concluíram que a doença de Alzheimer é complexa e desencadeada por uma combinação de fatores.

Crédito: PNNL
Conheça a seguir fatores de risco sem provável redução
Idade
A idade avançada é um dos principais fatores de risco da doença de Alzheimer. Embora ela não seja parte obrigatória do envelhecimento, atinge principalmente pessoas acima dos 65 anos de idade. Com o envelhecimento, o cérebro passa por diversas mudanças que alteram as células e contribuem para os danos. Após os 85 anos, um terço da população tem o risco aumentado.
Histórico Familiar
Raramente, a doença de Alzheimer é hereditária. Porém, as estatísticas indicam que o risco de desenvolver a doença quando um parente a tem, pode ser um pouco maior do que para outras pessoas. Ainda assim, não é um fator determinante.
Genética
Quando o surgimento da doença de Alzheimer está associado a uma mutação genética, ela pode afetar diversos membros da mesma família. Nestes casos, a doença é considerada de início precoce e manifesta-se antes dos 60 anos de idade.
Etnia
Estudos sugerem que alguns grupos étnicos podem ter o risco de desenvolver demência aumentado. Os latinos e os afrodescendentes da terceira idade apresentam uma probabilidade maior do que os idosos brancos. O facto de latinos e negros terem estatisticamente mais problemas cardíacos pode explicar a incidência.
Fontes: Alzheimer’s Research UK, Alzheimer’s Association EUA, Alzheimer’s Society UK