O diagnóstico na doença de Alzheimer

Como o diagnóstico é feito?

Ao notar um dos sinais iniciais da doença de Alzheimer, como esquecimento recorrente, dificuldade para encontrar determinadas palavras ou até mesmo incapacidade para organizar-se, é aconselhável procurar um médico de confiança.

Em consulta, os médicos realizam uma pesquisa aprofundada para compreender o histórico médico do doente, o uso de medicamentos e as mudanças comportamentais que levaram à queixa. Neste primeiro momento, é interessante o paciente estar acompanhado de um parente ou amigo próximo que possa colaborar com informações detalhadas.

A seguir, testes cognitivos podem ser realizados para avaliar o grau do comprometimento neuropsicológico e intelectual. O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) é globalmente utilizado e serve como parâmetro para acompanhar a evolução do quadro em consultas futuras. Ele avalia as funções de memória, escrita e cálculo.

As queixas do paciente também têm um valor imenso na busca do diagnóstico. É preciso investigar se as dificuldades são importantes o suficiente para comprometer as atividades da rotina, como por exemplo, pagar contas, tomar medicamento, usar o transporte público.

Exames de sangue e de imagem, como tomografia e ressonância magnética, ajudam o médico a descartar outras doenças, que também podem levar à demência, como acidente vascular cerebral (AVC), doença de Parkinson e até mesmo tumores.

Infelizmente, ainda não há um teste que confirme a doença de Alzheimer. Até o momento, a única forma de se ter certeza é com um exame microscópico do tecido cerebral do doente após o falecimento. No entanto, há diversas pesquisas em curso sobre Beta-amiloide e de proteína Tau; biomarcadores da doença. Espera-se que, no futuro, eles possam auxiliar em um diagnóstico mais preciso e rápido.

Fonte: Neuropsicóloga Renata Ávila,doutora em Ciências pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisadora colaboradora do Projeto Terceira Idade (PROTER), também da USP, membro do Neuropsychological Rehabilitation – Special Interest Group – Brazil (SIGBRA – WFNR), Associação Brasileira de Alzheimer; Alzheimer’s Association.