A doença

A doença de Alzheimer 

 

Portugal é o 4º país do mundo em casos da doença de Alzheimer por habitante

O que é a Demência?

A demência não é uma doença. A demência é uma síndrome, crónica e progressiva que altera a função cognitiva de forma incapacitante, à medida que o cérebro envelhece. A doença de Alzheimer não é a única forma de demência.

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O diagnóstico

O diagnóstico da doença de Alzheimer, em muitos casos, demora muito tempo e é complexo, principalmente no início. Por isso, é importante consultar um médico ao observar os primeiros sinais.

A terapêuticas

O tratamento do Alzheimer representa um enorme desafio. Até o momento, não há um medicamento que suprima os sintomas, apenas tratamentos para controlo da progressão da doença.

O que é a doença de Alzheimer?

A doença de Alzheimer, descrita pelo médico alemão Dr. Alois Alzheimer, em 1906, é uma condição neurológica crónica, progressiva e irreversível. Ela não melhora. No início, compromete a memória e as lembranças recentes, mas aos poucos a doença afeta a capacidade cognitiva e o comportamento do paciente. Em estágios avançados, a presença de um cuidador é imprescindível para o bem-estar do paciente com Alzheimer.

O Alzheimer não faz parte do envelhecimento. Na maioria dos casos, esta demência ocorre após os 65 anos, o que torna a idade o maior fator de risco. Mas, há diversos diagnósticos que acontecem entre os 40 e os 60 anos. Neste cenário, quando a doença aparece em pessoas mais jovens, os especialistas afirmam haver um componente genético como causa. Já nos idosos, o Alzheimer é a consequência de uma série de alterações cerebrais, as quais fazem com que as conexões entre os neurónios sejam dissipadas.

Não há cura nem um tratamento comprovado para interromper a progressão do Alzheimer. Até o momento, também não há evidência científica que assegure a prevenção da doença. Muitos especialistas, contudo, acreditam que um estilo de vida moderado reduza o risco de qualquer indivíduo desenvolver doenças crónicas, em geral.

Manter o cérebro ativo, estimulado e desafiado também é uma forma importante de reduzir o risco de haver comprometimentos neurológicos. E, claro, uma vida social alegre, ativa e satisfatória sempre faz bem a todos.

Conheça alguns dados que indicam o crescimento da doença de Alzheimer no mundo, fornecido pelo World Alzheimer’s Report:

  • Até 2050, o número de pessoas com demência deve chegar a 131.5 milhões.
  • Se a demência global fosse um país, este teria a 18ª maior economia do mundo.
  • A cada três segundos, alguém apresenta a demência no mundo.
  • O custo anual da epidemia de Alzheimer no mundo supera os valores de mercado da Apple e do Google.
  • Há 9.9 milhões de novos casos de demência por ano.
  • Somente 20 a 50% dos casos de demência são diagnosticados.

 

 

O Alzheimer e a demência

A doença de Alzheimer não é a única a forma de demência, mas é a mais conhecida e responde por 60% a 70% dos casos.

  • A demência não é uma doença. A demência é uma síndrome, crónica e progressiva que altera a função cognitiva de forma incapacitante, à medida que o cérebro envelhece.
  • Na doença de Alzheimer, as conexões entre os neurónios dissipam-se, seja pelo acúmulo de proteína e formação de placas amiloides ou por emaranhados neurofibrilares. Os primeiros sinais aparecem em regiões cerebrais ligadas à memória.
  • A demência é progressiva e compromete o controlo emocional, o comportamento social e também a capacidade de pensar e decidir. Ela é uma das principais causas de incapacidade e dependência entre os idosos.

 

  • Há diversos tratamentos em testes clínicos, porém, ainda não há uma maneira definitiva de curar ou reverter o quadro de demência. Até o presente momento, a grande missão é proporcionar o conforto físico e emocional de pacientes e de cuidadores.

Os sintomas da doença de Alzheimer

O raciocínio não está rápido como antes? A memória está a falhar com frequência? O esquecimento e a redução na concentração são comuns em idosos e faz parte do envelhecimento, ainda que saudável. Esquecer-se de um nome agora e lembrá-lo mais tarde é absolutamente normal.

Mas, se a perda de memória torna-se recorrente, se a confusão mental está cada vez mais presente e se estes episódios têm dificultado a sua vida ou a de uma pessoa próxima, saiba que eles podem ser os primeiros sinais da doença de Alzheimer.

A intensidade ou a ordem dos sinais surgem de modo diferente para cada pessoa. No entanto, vale a pena ficar atento o quanto antes. Um diagnóstico precoce pode ajudar os médicos a planear um tratamento adequado, além de proporcionar autonomia e bem-estar ao paciente por mais tempo.

Os fatores de risco

Há diversos fatores de risco associados à doença de Alzheimer. Muitos deles não podem ser controlados ou modificados, outros podem ser alterados com mudanças no estilo de vida ou com tratamentos específicos. Compreenda como reduzir o risco de ter uma doença neurodegenerativa.

Nos casos de início precoce da doença de Alzheimer, quando ela surge antes dos 60 anos, o peso da genética é maior e mais importante, no entanto, é mais raro. A mutação de três genes específicos, conhecidos como PPA, PSEN1 e PSEN2, aumentam significativamente o risco de a doença aparecer precocemente.