A atividade física sempre esteve associada à saúde do corpo e aos benefícios estéticos que ela propicia. Nos últimos anos, os cientistas observaram que os exercícios físicos também fazem bem ao cérebro e à saúde cognitiva. Os indivíduos que praticam alguma atividade de forma regular e com a intensidade de moderada a alta apresentam redução no risco de desenvolver as doenças neurodegenerativas. Paralelamente a essas descobertas, os pesquisadores também constataram que os doentes com a demência diagnosticada, que praticam os exercícios físicos, prolongam o tempo de independência, autonomia e mobilidade. Ou seja, a atividade física, ainda que não evite a progressão ou leve à cura, oferece benefícios até para as pessoas com a demência.
Um estudo publicado no periódico Neurology comparou a influência da alimentação equilibrada, da atividade física e da combinação de ambas na capacidade executiva de pessoas com défice cognitivo ligeiro. Após seis meses, os pesquisadores observaram que a dieta saudável sem atividade física não apresenta benefícios. Já os exercícios isoladamente, sim. E, quando estão juntos, o resultado é ainda melhor.
Uma rotina de atividade física, mesmo que breve e adequada ao estágio de demência em que o doente está, melhora a qualidade do sono, reduz a ansiedade e ajuda a enfrentar os episódios de depressão. A prática também ajuda a manter a força muscular e reduz as complicações de saúde associadas ao sedentarismo. A boa notícia, que os especialistas sempre enfatizam, é que qualquer tipo ou quantidade de exercício físico aumenta o volume do cérebro e estimula as ligações neurais. O importante é movimentar-se. Infelizmente, uma parcela muito pequena de idosos com a demência seguem uma rotina ativa.
Fontes: Neurology e Cleveland Clinic
Atualizado em 30/06/2020.