À medida que o ser humano envelhece, o corpo passa por diversas transformações. A pele torna-se mais frágil e menos elástica. A quantidade de músculos no corpo sofre uma redução. Os hormónios sexuais e de crescimento reduzem drasticamente. Entre tantas outras alterações, o sistema imunológico fica mais lento. Em pacientes com a demência, que têm doenças associadas, as complicações podem ser ainda mais graves. O quadro clínico geral é delicado e o doente pode ficar suscetível a ter mais problemas. E, os cuidados necessários nem sempre são seguidos à risca quando o comprometimento cognitivo está avançado.

Para os cuidadores, que na maioria das vezes também são pessoas mais velhas, o cenário não é melhor. O stress crónico por cuidar de um paciente com uma doença progressiva pode afetar o sistema imunológico do cuidador de forma poderosa. Os pesquisadores já observaram que a situação pode ser extenuante a ponto de acelerar o declínio natural que afeta o sistema imunológico de um adulto com mais idade. Em um trabalho realizado em parceria entre a Ohio State University e a University of North Carolina, ambas norte-americanas, os cientistas constataram que o quadro clínico geral de saúde dos cuidadores sofreu um grande desgaste: a cicatrização piorou, o combate a vírus enfraqueceu, as inflamações intensificaram-se e o envelhecimento acelerou. Em outras palavras, o sistema imunológico de cuidadores sofreu um impacto muito maior do que a dos não-cuidadores.

Enquanto há inúmeros fatores que não podem ser alterados, há vários hábitos de vida que propiciam um corpo mais forte e preparado para lidar com as infecções respiratórias, o vírus influenza e o vírus da Covid-19.

A alimentação é definitivamente uma das principais forças da nossa imunidade. Os estudos científicos já comprovaram que a deficiência de micronutrientes como o zinco (ostra, lentilha, feijão, laticínios), o magnésio (trigo, leguminosas, sementes), o ferro (espinafre, soja, grão de bico, carne), e as vitaminas A (ovos, leite, vegetais amarelos), B6 (frango, bananas, cereais), C (tomates, frutas cítricas, brócolis) e E (amêndoas, sementes de girassol) pode prejudicar a eficiência do sistema imunológico. As pessoas que não conseguem consumir essas substâncias em natura devem conversar com o médico ou o nutricionista de confiança sobre os suplementos vitamínicos. O excesso de vitaminas não faz bem, mas a falta delas pode enfraquecer o sistema imunológico.

Algumas providências importantes:

– Faça exercício físico regularmente. Ainda que moderado e por pouco tempo, a atividade física sempre oferece benefícios.

– Não fume. Sobre o tabagismo, só há pontos negativos.

– Minimize o stress e durma bem. A tensão libera uma série de hormónios e substâncias químicas que enfraquecem o sistema imunológico. Até mesmo a privação de sono compromete as forças e o organismo fica mais suscetível às agressões externas.

– Reduza o consumo de bebidas alcóolicas.

– Lave as mãos com sabão frequentemente.

Fonte: Manual Merck, Ohio State University, University of North Carolina

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Atualizado em 07/05/2020.

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