Atualmente, o coronavírus é o principal tema na imprensa, nas redes sociais e nas conversas. Grande parte da informação é útil e relevante, além de ensinar a população a preservar-se. Mas, há também muitas informações contraditórias e, por vezes, assustadoras.

O coronavírus afeta as vias respiratórias e os pulmões. Na maioria dos casos, os sintomas são leves, são semelhantes à gripe e ao resfriado. A tosse, a falta de ar e a febre alta são os principais sintomas da COVID-19, o nome da doença. Uma certa confusão mental também pode ocorrer. Os especialistas acreditam que uma parcela pequena dos indivíduos afetados terá o quadro clínico agravado. O principal grupo de risco são os adultos acima de 65 anos de idade e aqueles que já apresentam uma doença crónica.

O coronavírus é altamente contagioso e é transmitido por gotículas respiratórias, pelo espirro ou catarro, pela tosse, e principalmente pelo contacto. O período médio de incubação do vírus é de 5 dias, mas pode alcançar duas semanas. Quando o surto da doença é muito grande, as autoridades podem tomar as medidas necessárias para evitar que a população fique exposta ao vírus. Essa é uma tentativa de reduzir o impacto e o número de infetados.

Leia a seguir as orientações da Direção-Geral da Saúde, em situações de quarentena ou isolamento, que visam reduzir a propagação do novo coronavírus:

– Não deve haver deslocações para o trabalho, escola, espaços públicos ou outros locais.

– Deve pedir a amigos ou familiares que lhe entreguem os itens essenciais que necessite – tais como alimentos, medicamentos ou outros bens de primeira necessidade. Se necessário, pode recorrer a serviços de entrega ao domicílio. Nestas situações, deve certificar que quem faz a entrega, a deixa à porta e não entra em casa.

– Em caso de quarentena, se possível, as pessoas com quem coabita devem ficar noutro alojamento. Esta medida é especialmente importante se se tratarem de pessoas mais velhas, com doenças crónicas ou vulneráveis.

– Para proteger pessoas coabitantes e cuidadores, devem seguir estas medidas:

. Caso necessite de cuidadores, deve limitar o seu número – idealmente a um – sendo que este não deve ser portador de doença crónica ou imunossupressão.

. Deve tapar a boca e o nariz com um lenço descartável quando tosse ou espirra.

. Os lenços de papel devem ser colocados no contentor de resíduos e em seguida deve proceder-se à lavagem das mãos com água e sabão durante pelo menos 20 segundos, secando bem.

. Se for responsável pelo cuidado de um familiar ou coabitante vulnerável ou idoso, seve, sempre que possível, transferir essa responsabilidade provisoriamente, enquanto durar a quarentena/isolamento.

. Deve, igualmente, proteger os animais de estimação mantendo distância deles. Se não for possível, deve lavar as mãos antes e depois de cada contacto.

– Visitas em casa devem ser restringidas. Apenas deve frequentar a habitação quem coabitar com a pessoa em quarentena ou isolamento.

– Para todos, vale a recomendação da lavagem regular das mãos:

. Deve proceder à lavagem das mãos de forma regular ao longo do dia e sempre que se justifique.

. A lavagem das mãos deve ser feita com água e sabão durante, pelo menos, 20 segundos, secando bem as mãos no final.

. Deve evitar-se o contacto das mãos com os olhos, nariz e boca.

– É importante evitar a partilha de alimentos e itens domésticos:

. Não deve partilhar a utilização de telemóveis, auscultadores ou teclados.

. Não deve beber por pacotes ou garrafas, nem partilhar alimentos ou embalagens cujo interior é manipulado pelas mãos.

. Não devem ser partilhados pratos, copos, chávenas, utensílios de cozinha, toalhas, lençóis ou outros itens, com pessoas que coabitem no domicílio.

– Ainda não há a vacina para evitar o contágio nem o tratamento específico. Até o momento, o importante é repousar, consumir bastante água e controlar os sintomas, como a febre e as dores no corpo.

– Se um membro do agregado familiar ou coabitante desenvolver sintomas compatíveis com COVID-19 (febre, tosse ou dificuldade respiratória), deve ligar de imediato para a linha SNS 24 (808 24 24 24) ou, se a gravidade assim o justificar, para o 112.

As informações neste texto foram extraídas da Orientação emitida pela Direção-Geral da Saúde e de conteúdos publicados no Centers for Disease Control and Prevention, dos Estados Unidos.

Como o novo coronavírus ainda é uma novidade – tanto para os pacientes como para os profissionais de saúde – e os dados podem mudar repentinamente, é recomendado manter-se atualizado por meio de fontes confiáveis e, acima de tudo, estar em contacto com o médico de confiança.

Atualizado em 17/03/2020.

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