O raciocínio não está rápido? A memória falha com frequência? O esquecimento e a redução na concentração são comuns em idosos e faz parte do envelhecimento, ainda que saudável. Esquecer-se de um nome agora e lembrá-lo mais tarde é absolutamente normal. Mas, se o prejuízo na memória torna-se recorrente, se a confusão mental está cada vez mais presente e se estes episódios têm afetado a sua vida ou a de alguém próximo, saiba que eles podem ser os primeiros sinais da doença de Alzheimer.
A intensidade ou a ordem dos sinais surgem de modo diferente para cada pessoa. Mas, vale a pena prestar atenção o quanto antes. Um diagnóstico precoce pode ajudar os médicos a planear um tratamento adequado, além de proporcionar autonomia e bem-estar ao paciente por mais tempo.
Conheça os sinais:
A perda de memória – O esquecimento na doença de Alzheimer é repetitivo e envolve a confusão mental. O paciente não se lembra de parte de uma história que acabou de acontecer. Ele esquece-se do nome do neto ou de um amigo próximo. Pode até lembrar-se imediatamente. No entanto, os episódios são cada vez mais frequentes.
A dificuldade de comunicação – O paciente de Alzheimer, em estágio inicial, tem dificuldade para acompanhar uma conversa. Ele não consegue se concentrar ou participar da conversa como gostaria. Muitas vezes, ele perde-se no assunto. Não raramente, afasta-se do convívio social para evitar o constrangimento.
As mudanças de humor – A oscilação no humor e a mudança de comportamento surpreende os familiares e os amigos próximos que não reconhecem o ente querido de quem são tão próximos. O paciente de Alzheimer fica ansioso, assustado, tenso sem motivo aparente. Quando ele é contrariado, não esconde a frustração.
A dificuldade de encontrar objetos em casa – Este é um sinal clássico e conhecido da doença de Alzheimer. O paciente guarda algum objeto em lugar incomum e depois não consegue encontrá-lo. Em seguida, suspeita que está a ser roubado.
A dificuldade para organizar-se – Esquecer-se de fechar a porta de casa ou deixar a chave do carro dentro do veículo e fechá-lo são situações que podem acontecer com qualquer um. Porém, quando o problema fica recorrente e põe as pessoas em risco, é importante procurar ajuda.
A dificuldade para tomar decisões – Este sinal é amplo e abrange desde os cuidados pessoais, como vestir-se, banhar-se e escovar os dentes, até a organização financeira. O paciente comprometido pelo Alzheimer faz gastos desnecessários e atípicos e não mantém as contas em ordem.
O distanciamento da vida social – Os sinais da doença de Alzheimer provocam muito constrangimento à maioria dos pacientes. Eles sentem-se excluídos e fora de sintonia com os parentes e os amigos. Conclusão: os doentes afastam-se e abandonam os compromissos sociais, as atividades desportivas e os passatempos. O isolamento é comum.
A redução da função executiva – Organizar a casa, dispor uma mesa ou realizar compras no mercado tornam-se situações complicadas e desafiadoras. Mais do que a perda da concentração, o Alzheimer reduz a habilidade de concluir um raciocínio.
A confusão de tempo e de espaço – as referências do passado distante parecem próximas demais. As atividades futuras perdem-se no tempo. Tudo fica confuso. Os espaços também causam desorientação. Não há diferença entre longe e perto.
O comprometimento da percepção espacial – Embora a visão do paciente de Alzheimer possa ficar prejudicada, o que chama a atenção é a perda de noção espacial. A partir desse ponto, ele manifesta dificuldade para avaliar as distâncias ao redor e distinguir os contrastes de cores. Dirigir torna-se um problema.
Andar sem rumo – Muitos pacientes de Alzheimer saem de casa sozinhos e sem rumo. E ficam perdidos! Isso ocorre porque a capacidade de localizar-se, de identificar lugares e de reconhecer pessoas fica prejudicada. A percepção de tempo também é alterada e, às vezes, eles saem à procura de um conhecido ou de um sítio do passado distante.
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Fontes: Alzheimer’s Association, WebMD